quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Algo (estranhamente) existente

   Que alegria a confusão! Seres, uma multidão para quando (não) bastavam apenas alguns. Por vezes aparecem, outras nem por isso, nos seus próprios casulos (colectivos?), olhando e admirando o desconhecido, abraçando-o. Sem medo de seguir as migalhas deixadas por outros, olhando em redor, procurando abrigo em alguém. Biquinhos dos pés, sem barulho algum, tentando fazer-se ouvir mais alto (conseguindo). O olhar de um patamar superior, cuidando os ovos que se encontram no chão não vá pisar algum. Pé ante pé passa o animalzinho, distraído com a sua próxima vítima, aquela que lhe é mais próxima.
   E ruas, e becos, entrar e sair, subir e descer, numa agitação nunca antes vista (sempre)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Esperança...

   Como será possivel? Alguém que preze a paz, a igualdade, o dar e receber... Praticá-lo dizendo mal, tentando escalar montanhas, escoltas, olhando tudo de um patamar superior. Como será possivel desiludir tanto quando já tudo está perdido? Como será possivel acreditar na perfeição, procurá-la, utilizando a imperfeição? Matar inocentes apenas por terem culpa, uma pequena culpa a comparar com as mãos ensanguentadas de quem os agarra. Agarra com força, a força de milhares de homens que lutam todos pelo mesmo: Poder! Um poder que permite subir mas no fundo, sem a percepção, eles caem. Caem de olhos vendados, uma fita vermelha, colocada por alguém que os usou aquando desta terrivel busca, tornando-os agora só mais uns, inocentes que caem, vestidos de vermelho, pintados para sempre com vinho. Caem defronte da árvore mais alta da montanha. Uma árvore "simples" e "nua"... E a luta continua e continuará, até tudo isto acabar, até ao fim dos dias...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

sábado, 19 de março de 2011

Sentimentos

  
  
   Pensar, pensar, pensar... Pessoas nos seus caminhos. Pessoas simples ou seja complexas: pessoas. Ser-Humano. Sentir. Sentimentos. Estes são sempre dfíceis de esconder e quanto mais se reprimem mais aparecem. Como tudo. Sempre tudo ao contrário. Se o mundo estivesse parado diria que as pessoas estariam todas (nem todas) amontoadas numa única parte. Sem espaço, a tropeçar em toda a gente. Sem ar. Encontrões, socos, murros; pernas, braços...
   ou talvez façamos parte apenas de um jogo de alguém descuidado. Alguém que se esquece de alimentar os personagens,dando mais importância a uns. E porquê... talvez apenas pela cor dos cabelos ou pelos bonitos olhos...
   Sempre a suplicar por algo sem obter o desejado. E é por isso que somos felizes: pela nossa infelicidade. Sempre com algo porque lutar. A insatisfação é mágnifica. Algo que deixará o homem sempre feliz sem o sentir. Algo que dá sentido à vida...
   Todas as tentativas falhadas de esconder sentimentos. Sentimentos sem vergonha (uns com tanto e outros com tão pouco). Sentimentos que, ao contrário desse alguém que controla o jogo (ou tenta), aparecem a pessoas magras, gordas, de olhos claros, escuros, de qualquer classe... Pessoas! Simples, ou seja complexas. Pessoas. Pessoas que choram, escondem, máscaras...
   Pessoas que amam, pensam, riem, observam.
   Pessoas que se encontram pela milésima vez e se apercebem de que afinal é apenas a primeira...